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Grã-Bretanha (continuação)

Viagem

Avião: a Grã-Bretanha possui cerca de 130 aeroportos e só em Londres existem cinco. Poucos estão equipados para longas distâncias. O mais popular para vôos internacionais e conexões com o Brasil é o Heathrow, para o qual há um metrô esperando na porta para levá-lo ao centro de Londres. A grande maioria das companhias aéreas de todo o planeta aterrissa seus aviões nesse aeroporto. O London Gatwick, bem como o London Stansted, o Manchester, o Birmingham, o Newcastle, o Glasgow e o Edimburgo são outros aeroportos internacionais da Grã-Bretanha.

Trem: para circular de trem pelo Reino Unido, Eurailpass e Europass não são válidos. Sua opção, neste caso, é o BritRail, válido apenas para a Grã-Bretanha (portanto, excluindo as Irlandas), com passes para dias corridos (4, 8, 15, 22 e 30 dias) e flexíveis (4, 8 e 15 dias num período de 2 meses). Para quem vai sem passe, mais barato é a combinação de trem e ônibus. Para sair da ilha em direção ao continente europeu, a melhor e mais cômoda pedida (não a mais barata, antes pelo contrário) é atravessar o Canal da Mancha pelo Eurostar, o trem que faz Londres-Paris ou Londres-Bruxelas em menos de 3 horas. Os custos são variados, conforme vários fatores (só ida, ida-e-volta, dia da semana, horário, etc.). Portadores dos Eurail/Europass têm desconto. Se você realmente estiver podendo, vale a pena ir do centro de uma cidade a outra em poucas horas, principalmente quando estamos falando de Londres e Paris.

Barcos, ferries e navios: o ferry é uma opção para o Canal - mais barata e trabalhosa. Preços e tempo de viagem dependem de onde e do tipo de barco que você pegar. Os pontos mais comuns de travessia são Dover e Folkstone (indo para Calais e Boulogne na França), que despendem menos tempo. Uma viagem média de ferry leva aproximadamente 1h15.  Mais de uma companhia faz o trajeto, e novamente, opções devem ser checadas, assim como a possibilidade de descontos portando algum passe de trem ou a carteira de estudante. A viagem Newhaven a Dieppe (GB-França) ou outras longas travessias são mais comuns entre viajantes preocupados com a entrada na Inglaterra, acreditando ser mais fácil de passar pela polícia alfandegária. E para os amantes do mar, além de Bélgica e Holanda, existem embarcações da ilha britânica para a Alemanha, Dinamarca, Noruega, Suécia e até mesmo Espanha, com viagens beirando 24 horas. Informações preliminares podem ser conseguidas no tourist information.

Ônibus: o meio mais barato é ônibus (não o mais confortável). A Eurolines é a companhia que cobre boa parte da Europa (grandes cidades em geral), ligando Londres ao resto do continente (incluindo a travessia de ferry). Algumas barbadas podem incluir um ticket com o retorno incluído, como Londres-Paris e Londres-Amsterdam, levando respectivamente, 10 e 12 horas para cada uma das cidades. Outra oferta pode surgir em explorer-tickets, viagens circulares com direito a paradas por um bom período de tempo. Exemplo é Londres-Amsterdam-Bruxelas-Paris-Londre. Informações em Londres no Victoria Coach Station, próximo à estação de Victoria. Viagens dentro do Reino Unido são feitas pela National Express, a companhia local. Passes e ofertas de ônibus são disponíveis num bom número de opções, com possibilidade de descontos para estudantes e menores de 26. Merecem atenção o Tourist Trail Pass, que você deve comprar fora do UK e os passes Jump on, jump off, ideais para mochileiros que querem circular pela Escócia, onde um miniônibus faz um giro pelas principais cidades e áreas do país, parando em albergues.

Carro: um carro alugado é uma boa pedida especialmente para conhecer a Escócia, onde se pode parar nos pequenos vilarejos e explorar bem o país. Por outro lado, é bom evitar circular em grandes centros como Londres. O grande desafio é a famosa “mão inglesa”. O volante fica do lado direito, o câmbio é controlado com a mão esquerda e tudo – de entroncamentos (junctions) a rotatórias (traffic circles) – segue essa lógica. Além disso, as distâncias são indicadas em milhas. O tráfico denso nas cidades e nos feriados prolongados pode causar grande atraso. Estacionar nos grandes centros torna-se um pesadelo. Alugar um carro antes de sair do Brasil normalmente é mais econômico. O turista brasileiro pode dirigir na Grã-Bretanha com carteira de motorista brasileira se sua permanência for de no máximo 12 meses. A maioria das locadoras não aluga para principiantes e outras estabelecem limites de idade (em geral, de 21 a 70 anos).

Metrô de Londres: o sistema de metrô, que os londrinos chamam de tube, é um dos maiores do mundo. Com exceção do dia de Natal, o metrô funciona diariamente das 5h30 à meia-noite. Há menor quantidade de trens aos domingos. As doze linhas têm cores diferentes e há mapas disponíveis em todas as estações. Os mapas da seção central estão afixados nos trens. Se for fazer mais de duas viagens por dia, a melhor opção é comprar um Travelcard diário ou semanal.
Mapa do metrô: http://www.tfl.gov.uk/gettingaround/1106.aspx

Acomodação

A oferta de acomodações na Grã-Bretanha é extensa e tem opções que combinam com todos os bolsos. Londres, claro, é muito mais cara do que outras localidades, mas até mesmo na capital inglesa existem inúmeros hotéis confortáveis e a preços razoáveis. No interior, os B&B (Bed & Breakfast) e as casas de família com frequência são as alternativas mais econômicas.

A acomodação genuinamente britânica é o Bed & Breakfast. Como o nome diz, garante uma cama (solteiro ou casal) e um café da manhã sem muita opção. Existem dezenas de B&B, podendo variar de prédios antigos, sujos e mal-gerenciados a rústicas casinhas impecavelmente bem cuidadas por um típico casal de velhinhos. O breakfast também varia. Café-com-pão-e-manteiga-e-geleia (o mixuruca e pomposo Continental Breakfast) a um verdadeiro café colonial. Quanto mais no countryside você entrar, mais provável será de encontrar as melhores opções, assim como Londres pode oferecer verdadeiras roubadas (entre muita coisa boa também). Há muitos B&B ao longo do Reino Unido, e não hesite em olhar o local antes de ficar. Observe também os banheiros, que podem ser no corredor ou não terem chuveiros (apenas banheiras, muito comum).

Existem muitos albergues em todos os países do Reino Unido, tanto os pertencentes à associação (www.hihostels.com) como os independentes. E muitos destes últimos têm se convertido em rede, onde, após ficar determinado número de noites em algum de seus albergues, ganha-se uma diária grátis. Também são mais relaxados com regras, dispensando curfew e lock-out. Em Londres, para os independentes, é possível pagar antecipadamente por uma semana, por exemplo, menos do que se pagaria por 7 dias avulsos, caso permanecendo longas temporadas.

Os albergues custam pouco, espere preços maiores em Londres. Nos B&B pode-se negociar o preço para temporadas a partir de uma semana. Ou seja, você até pode encontrar alguns na média ou mais baratos do que se estivesse dividindo o quarto com mais gente. Mas também é possível pagar mais e ficar num lugar pior. Não espere milagres.

Comes & Bebes

Ingleses são famosos entre os europeus pela total falta de qualificações numa cozinha. Definitivamente, a gastronomia britânica está longe de ser tão popular quanto a francesa, italiana, espanhola ou qualquer outra. Seu prato mais típico é fish & chips, peixe com batatas (fritas, normalmente). Não é caro (para os padrões do Reino), podendo ser mais caro/barato se comer no local ou levar (takeaway). Menos britânico e mais árabe é o kebab, churrasquinho giratório normalmente de carne bovina ou ovelha. Inglês até no nome é o English Breakfast, aquele café da manhã gorduroso até a medula, onde servem bacon, salsichas, tomates e feijão branco, entre outras coisas mais ou menos calóricas. Se falta um bom e tradicional prato inglês, ao menos, se pode comer de tudo por suas cidades. Isso se deve, em parte, à chegada de chefs e estilos culinários estrangeiros: hoje prova-se ampla variedade de cozinhas em toda a Grã-Bretanha.

Mais típico são as bebidas, ou melhor, as cervejas, apresentando várias marcas, muitas regionais. A variedade inclui lagers (leve e clara), bitters (amarga e mais choca) e stouts (preta e espumosa, tipo Guiness), geralmente servidas num pint (um copão de quase meio litro) ou half-pint (metade). Tradição não falta para onde comer e beber. Pubs são uma verdadeira instituição da Grã-Bretanha e Irlandas. Livros e guias exclusivos os detalham por todos os países do Reino - há listas dos melhores, dos mais bonitos, os mais antigos, os mais isso e mais aquilo. Almoçar num pub não é tão caro (novamente, para os padrões deles), e com uma boa comida. Bebidas são servidas até 23h, quando todos devem fechar. Repare no sininho que toca 15 minutos antes para lembrar dos últimos drinks. Em sua viagem, mesmo que você não beba, não deixe de ir ao menos uma vez a um pub. Veja como os ingleses se soltam com um copo na mão e divirta-se jogando dardos.

  

Como referenciar: "Grã-Bretanha - Hospedagem e Alimentação" em Só Turismo. Virtuous Tecnologia da Informação, 2010-2024. Consultado em 24/04/2024 às 15:06. Disponível na Internet em http://www.soturismo.com.br/continentes/europa/gra_bretanha/p3.php